Setores que continuaram crescendo apesar da crise

O Brasil é assolado pela crise econômica desde 2014. Nesse período, empresas fecharam, faturamentos caíram, funcionários foram demitidos e setores inteiros registraram queda de produção e receitas através de seus órgãos reguladores ou representativos. Porém, na contramão do cenário, algumas áreas da economia continuaram a crescer e empresas mantêm progresso em rendimentos, produção e investimentos.

Um desses setores – através de boas estratégias de ação – que não sofreu com o declínio geral foi o de beleza e estética. Em 2014, a indústria faturou cerca de R$ 3,5 bilhões. O crescimento previsto para este ano é de 160%. Entre os artifícios para fugir da maré ruim, um dos principais foi o home care – prestação de serviços e vendas a domicílio.

Sabendo que o Brasil é um dos países que mais consome cerveja no mundo todo, os empresários do ramo sequer esperavam queda em 2015. Mesmo assim, algumas marcas adotaram medidas para que, além da manutenção do faturamento, espaço maior no mercado fosse ganho. Uma dessas táticas foi a potencialização na oferta de cervejas artesanais, subgrupo de bebidas cada vez mais procurado no país. As mineiras Backer e Krug Bier, por exemplo, investiram mais de R$ 7 milhões em estrutura, para multiplicar a distribuição do produto no estado natal e nos vizinhos, Rio de Janeiro e São Paulo.

A tecnologia, presente cada vez mais no cotidiano das pessoas, não poderia desanimar frente ao desalento econômico brasileiro atual. De 2014 para 2015, diversas startups surgiram e passaram a ser empresas milionárias. E tantas outras, em menor escala, cresceram e consolidaram-se economicamente. Este ano deve fechar com nova ascensão para as empresas de tecnologia – mais de 10%. E, no efeito dominó empresarial, as produtoras de hardwares e softwares e desenvolvedoras de aplicativos movimentam a economia em demais setores, como turismo, finanças, gastronomia, hotelaria e bens de consumo.

Quando a situação financeira não vai bem, a primeira atitude é cortar gastos. O hábito de ir ao sapateiro ou à costureira começa a aparecer novamente. Assim, as roupas passam ser reformadas e sapatos, consertados para a contenção de gastos. Oficinas mecânicas também são alvo da nova rotina. Na situação atual, trocar de carro e assumir nova dívida também não é mais opção. A rotina foi alterada e, com ela, pequenas empresas começaram a ser procuradas. Negócios que devem aumentar os lucros nesses tempos difíceis.

Também, o setor de alimentação teve seu cenário mudado. Os Food Trucks são uma ótima opção, tanto pata investimento quanto para o consumidor. Bons alimentos a um custo menor, além da facilidade de estar em vários lugares, sem a necessidade de um ponto fixo.

A manutenção do sucesso em tempos de recessão deve-se ao planejamento estratégico. A organização das operações, visão de perspectivas dos próximos meses no setor e na economia em geral e a observação do comportamento do consumidor são fundamentais. A adoção de novas práticas derivadas de produtos e serviços já existentes para atender ainda mais às necessidades do cliente é extremamente satisfatória. Os resultados se dão em conservação de fatia de mercado já fidelizada e expansão da mesma.

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