Atraso na produção

Cumprimento, prazos escassos, organização da linha operacional, integração com o departamento de compras e vendas e inspeção dos níveis de qualidade do sistema produtivo; essas são somente algumas das tarefas incumbidas aos gerentes de produção dentro da indústria. Responsáveis por determinar as diretrizes de todo o planejamento interno dentro do mercado, esses profissionais enfrentam enormes desafios em seu cotidiano de trabalho.

Por meio de suas análises, devem diagnosticar de maneira prematura qualquer sintoma ou fator que gere falhas e lentidão na produção de suas empresas, sempre almejando principalmente cumprir o leadtime de seus clientes, atendendo às expectativas da diretoria e presidência.

Mas, afinal, quais são mais as causas mais recorrentes que estão por trás do atraso na produção? Como elas acontecem no cotidiano da indústria? Como evitá-los e preveni-las? Neste artigo vamos discorrer sobre todas essas perguntas, trazendo não somente as causas, mas também sugestões de solução para sanar esses fatores que podem estar defasando muito os resultados da sua empresa dentro do mercado de negócios.

Compras erradas – o maior dos problemas

 

No E-book “Como evitar desperdícios na produção industrial” atrelamos um tópico exclusivo para discorrer sobre o fator estoque. Intrinsicamente afetado pelas decisões no departamento de compras, a armazenagem de matérias-primas e insumos ditam em muito quais serão as condições de trabalho dos agentes operacionais dentro da indústria. Duas hipóteses interferem drasticamente no planejamento empresarial e na saúde financeira de uma empresa; a primeira é a compra demasiada, ou seja, excessiva de insumos.

Sempre apontamos nos posts em como um mau planejamento de estoque pode elevar vertiginosamente os custos com estoque. De uma maneira resumida, além de maiores custos, estoque parado é sinônimo de dinheiro retido. A segunda hipótese é ainda mais danosa: a falta de matéria-prima. Dentro de um cronograma organizado e eficiente, todo o planejamento de uma indústria é baseado oferecer todas as matérias-primas para que todos os setores da empresa operem com máximo de produtividade.

Na suposição da falta de materiais toda a cadeia produtiva da empresa é afetada, pois, dependendo da complexidade do bem produzido, várias etapas são necessárias até o término do lead time, ou seja, o período de início de uma atividade (nesse caso bem material) até seu término.

Falta de integração entre setores

 

Teimamos em fazer a analogia da importância da integração empresarial com o exemplo das engrenagens de uma máquina. Não é para menos; é fundamental que se dissemine no mercado de trabalho a importância na comunicação e da integração de esforços para atingir um objetivo em comum. Muitos dos motivos que estão por trás nos atrasos de produção é a falta de delineamento de funções e esforços em conjunto para otimizar a celeridade de procedimentos e ações. Para tanto, as áreas comercial, produtiva e de compras precisam estar em perfeita harmonia para que uma seja propulsora dos resultados da outra.

Não há como o departamento comercial ter bons resultados nas vendas sendo que a produção não confeccionou mercadorias para comercializar, como também o setor produtivo depende em muito das condições que o departamento de compras lhe oferece, tanto em qualidade de matéria-prima quanto em quantidade e rapidez logística.

Neste momento é pertinente que gerentes e supervisores de cada área se reúnam sempre que possível. Atrelando planejamentos e esforços, sempre divididos em etapas e, principalmente, amparados com tecnologias e estatísticas que mostrem em tempo real como estão os estágios dos resultados em cada período

Escassez de análise de dados e soluções tecnológicas

 

Fazendo um gancho com o término do tópico acima; não poderíamos deixar de lado a tecnologia como expoente e propulsora de resultados; sendo uma grande aliada da indústria. Cada vez mais soluções tecnológicas são desenvolvidas para auxiliar não somente agentes da linha operacional como também gestores e pessoas com cargos de planejamento dentro da indústria.

Amparados em soluções como o MRP (no inglês Manufacturing Resource Planning, que em uma tradução pode ser definido como Planejamento das Necessidades Materiais), se espera desses profissionais cada vez mais propensão e adaptabilidade no uso de softwares que aumentam as perspectivas analíticas tanto de uma maneira macro como de uma forma abrangente.

Indo de encontro com o “DNA” das startups; a indústria vem investindo e enxergando muito nas soluções Big Data enormes oportunidades de otimizar procedimentos internos e vislumbrarem mercados anteriormente não atendidos. Manipulando gigantescas quantidades de dados e informações tanto internas quanto externas; o Big Data tem apontado tendências e revisão constante do planejamento organizacional das empresas e; com ênfase, nas tomadas de decisões por gerentes e supervisores.

Por meio dos insights advindos com essa tecnologia, esses profissionais estão cada vez mais amparados não em suposições, mas sim em dados fidedignos e concretos de suas empresas.

Falhas operacionais

 

Muitos fatores incidem na produtividade de uma linha de produção: maquinário defasado; falta de qualificação profissional; pouco delineamento de tarefas e funções; falta de integração entre setores e más condições de trabalho. O primeiro passo para evitar as falhas operacionais é elaborar um diagnóstico amplo; sempre abastecendo um banco de dados que converta em números e estatísticas os resultados da produtividade da empresa.

É importante antes de mais nada conferir se sua empresa oferece todas as condições para uma boa produtividade de seus funcionários. Isso passa da infraestrutura física do local; passando principalmente pela tecnologia de máquinas oferecidas e um correto direcionamento gerencial dos funcionários. A falta de automatização e de condições são alguns dos fatores que culminam em:

– Retrabalhos;

– Processamento de produtos defeituosos;

– Falta de entrega do que o cliente exige e pede;

– Setorização ineficiente, entre outros;

Como solução; tanto os donos de negócios quanto os gerentes e supervisores devem elaborar planos de ações que ofereçam todo suporte de infraestrutura e também organizacional para que os funcionários consigam sempre operar em plenas condições de trabalho e produtividade.

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